terça-feira, 13 de agosto de 2013

"Eu, Anti-herói?"


    Se eu fosse um herói, não... não vou começar assim... Não poderia ser, heróis não fumam ou bebem. Alguns bebem (aquela coisa de viver uma vida dupla, etc...), divididos em proteger sua reputação ou a pessoa que ama. Seria um anti-herói? Talvez. Aquele cara que foi treinado para fazer o bem e proteger as pessoas, mas de quem? De si mesmos? Também, também...
    Mas que por algum motivo a confiança se perdeu, e agora vejo aqueles que me treinaram como mentirosos e enganadores, fazendo-me acreditar, que por tudo aquilo que lutei, foi perda de tempo e um simples divertimento para eles...
    Viveria à margem de uma sociedade doente, mas quem ficou doente fui eu.
    Aceitaria o status de anti-herói e viveria com isso, ou tentaria me tornar aquilo para o que fui treinado? A verdade um dia apareceu, e então? Devo me revoltar quanto aos meus mentores e atacá-los com todo o poder que possuo? Foi o que fiz... e não me puniram por isso, pelo contrário.
    Não sei mais o que pensam sobre mim, só sei que quando me dirigem a voz, todo aquele treinamento deturpado, que achavam que era certo, volta à minha cabeça, e vejo que não funcionou (um erro que perceberam por si mesmos).
    Agora quem tem que viver com essas questões e dúvidas são eles. Continuarei com meus cigarros e minhas bebidas (não vejo nada de errado nisso).
    Anti-heróis vivem mais solitariamente que os próprios ditos heróis. Mas isso foi a base do treinamento também, viver sozinho, não gerar vínculos, não ter uma vida... Mas não quero mais isso, e isso os incomoda.
    “Mais uma coisa que fazia por conta própria antes disso tudo...”, desabafo comigo mesmo.
    Mas isso não existe mais, posso ter ido para o “Lado Negro da Força”, como diz um velho filme, mas até os vilões têm coração, assim como o próprio pai do rapaz desse mesmo filme virou do bem no final...
    O anti-herói nunca é do mal, mas sim, um revoltado. Todo o poder que ele possui vai se canalizar naquilo que ele acredita em seu coração, e não no que mentores impuseram ou quiseram fazê-lo acreditar, mesmo que ele esteja errado.
    Seja um simbionte que dominou sua mente, ou uma ideia implantada em sua cabeça.
    Não acredito em nada disso, e se meus erros me levarem a um trágico final, assim vai ser.

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